terça-feira, 20 de outubro de 2009

A evolução das famílias:


Nos últimos cinquenta anos, no Ocidente, a família modificou as suas estruturas e organizou-se de diversas formas tendo em conta os novos valores vigentes.

O tradicional conceito de família pode-se definir como o conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que possuem relações de parentesco entre si. Este tipo de família era geralmente extenso (constituída por avós, maternos, paternos ou ambos, pais e filhos) apresentando um elevado número de indivíduos de várias gerações, residentes no mesmo local.

A estrutura familiar obedecia a uma determinada organização com papéis e funções bem definidas para cada elemento e por este mesmo motivo não pode ser considerada um sistema estanque e inalterável. Os elementos da família transformaram-se ao longo da sua vida familiar, mediante as exigências do interior ou do meio social onde se tornou necessária a adaptação a novos papeis de modo a equilibrar o seu funcionamento.

A história das famílias em Portugal

imagem de: eb1peareeiro
blog dos pais

A família nunca pode ser isolada das alterações culturais, sociais ou económicas e por esta razão podemos então afirmar que as principais mudanças sofridas deveram-se a:

Industrialização: principalmente na época da Revolução industrial, com consequências danosas, com o afastamento do pai do lar para ir trabalhar, abandonando as actividades de auto subsistência exercidas, regra geral, junto à habitação familiar;
Urbanização: a migração da população das áreas rurais para as áreas urbanas fez com que muitas famílias partissem deixando os familiares mais velhos no local de origem;
Entrada da mulher, de forma activa, no mercado de trabalho e consequente investimento nas suas carreiras e na mobilidade profissional;
Controlo da natalidade e adiamento da idade de maternidade;
Fomento de métodos contraceptivos,
Aparecimento de novos valores face à sexualidade,
Mudança de atitude em relação aos filhos e obrigações parentais;
Legalização do divórcio e consequente aumento da taxa de divórcios;
Redução de matrimônios;

Dia Internacional da Família

Este dia serve para realçar a importância das famílias de todo o mundo. Por causa desta importância vital da Família é que Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu celebrar em cada ano no dia 15 de Maio, a partir de 1994 , como Dia Internacional da Família.

Família tradicional

Imagem original: etablissements
blog dos pais
Assistimos, deste modo, à inversão do conceito tradicional de família motivada pelas razões acima apresentadas. Todos estes motivos originaram novas tipologias familiares.


Família tradicional

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A família Tradicional, é constituída por um homem, uma mulher e os seus filhos, biológicos ou adoptados, habitando em um ambiente familiar comum.

Famílias monoparentais

Imagem de: fadadacaixinhademusica
Blog dos pais
Famílias monoparentais: referem-se à relação com os filhos por parte das mães ou pais solteiros, viúvos ou divorciados. Em 2005, estas famílias representavam 20% do total de todas as famílias. Na origem das famílias monoparentais estão os novos processos ideológicos e tecnológicos, a libertação sexual, o maior entendimento das necessidades e direitos das crianças, uma vivência mais individualista, na emancipação da mulher e na sua entrada no mundo laboral, bem como no aumento da igualdade de géneros.

Famílias recompostas ou reconstruídas

Imagem de: migalhas
blog dos pais
Famílias recompostas: a realidade do divórcio em Portugal é recente: foi autorizado em 1975 e tem vindo a aumentar no nosso país. Portanto, nada mais natural que uma pessoa divorciada contraia novo matrimónio e tendo, geralmente, filhos da anterior relação, constitua com eles uma nova família.
A este novo tipo de família chamamos família recomposta.

União de facto


União de facto: trata-se de uma realidade bastante semelhante ao casamento. No entanto, a União de facto não implica a existência de qualquer contrato escrito, podendo ser realizada por pessoas do mesmo sexo e embora se estabeleça como comunhão plena de vida, no plano pessoal o mesmo não se aplica no plano patrimonial. O casamento, por seu lado, exceptuando o regime de separação de bens, trata-se de um contrato de comunhão de vida.

Famílias Unipessoais

Famílias Unipessoais: a par do divórcio, da viuvez e do facto de se ser solteiro existem as famílias unipessoais, numa variação que entre 1991 e 2001 rondava 45% das famílias portuguesas. Estamos a falar de pessoas que vivem sozinhas, resultado das causas já referidas, acentuando-se uma tendência de género feminino na população jovem, pois nas camadas mais idosas femininas a vivência com os filhos em situação de divórcio ou viuvez ainda é bastante frequente.

Agregados domésticos

A redução dos agregados domésticos é cada vez mais visível, passando de uma média de 3, 8 indivíduos em 1960 para 2,8 no ano de 2001. Por seu lado, a percentagem de agregados familiares com cinco ou mais membros também sofreu uma acentuada redução representando em 2001 apenas 3, 3% do total das famílias, ou seja, cerca de um quinto do que representava em 1960.

A nível geográfico observamos diferenças entre o litoral e o interior, sendo que segundo os Censos de 2001, o interior do país ainda apresenta uma considerável taxa de conjugalidade e um número elevado de famílias numerosas. O mesmo não se passa na zona litoral do país que apresenta um elevado número de pessoas sós, mais famílias monoparentais e mais casais com reduzido número de filhos.


Se antigamente os filhos só saíam de casa dos pais para se casarem, o mesmo não se passa actualmente. O grupo dos 20 aos 29 anos apresenta predominância para viverem sós ou em situação de casal sem filhos ou com um filho apenas, assistindo-se a um reduzido número de jovens desta faixa etária a viverem em situação de família complexa (com os pais, por exemplo). Assim sendo, estes dados revelam um aumento da individualização dos jovens e o incremento da autonomia residencial dos jovens casais, ao mesmo tempo que tendem a adiar para mais tarde a entrada na parentalidade.


Em relação à população com 65 e mais anos, verificamos um aumento da proporção de indivíduos a viver em situação familiar simples (de casal sem filhos ou em situações de viuvez) em detrimento de agregados familiares complexos. Embora seja a população idosa a que mais vive em situação de família complexa, o crescimento do número de famílias unipessoais foi mais acelerado neste grupo etário, identificando assim o isolamento como fenómeno em expansão no fim da vida.


Existe uma longa tradição familiar no nosso país que só agora começa a sofrer alterações, visíveis da década de 90 em diante. Dos anos 70 aos anos 90 as estruturas familiares caracterizavam-se por uma elevada taxa de nupcialidade, por uma baixa taxa de nascimentos fora do casamento, baixos níveis de coabitação sem ser em situação matrimonial e de uma modesta taxa de divórcio comparada com as estatísticas da restante Europa.


A redução generalizada do número de casamentos é outro fenómeno observado e de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a percentagem de famílias com um só filho ronda os 53,7%, com dois filhos 34,4% e com três ou mais filhos 11,9%.
Em 26,1% dos casamentos realizados em 2005 existiam filhos anteriores ao casamento, sendo que a idade média do nascimento do primeiro filho está entre os 27, 5 anos (dados de 2005). A idade média para o casamento continua a aumentar em ambos os sexos: 31,3 anos para os homens e 28,9 anos para as mulheres.


O divórcio revelou-se um importante fenómeno demográfico em Portugal, bastante significativo nas últimas décadas. Desde que foi autorizado em 1975, o seu número aumentou consideravelmente em Portugal, tendo sido decretados 22, 853 divórcios no ano de 2005.


Em suma, o surgimento de novas tipologias familiares é decorrente de factores temporais, económicos, históricos e sociais. O tradicional conceito familiar vigente até ás décadas de 60/70 constituído por avós, pais e filhos está-se a tornar cada vez mais obsoleto dando origem a novos tipos de famílias cada vez mais frequentes na nossa sociedade.


Fontes: http://www.ine.pt/Xportal/
http://4pilares.zi-ju.com/?page_id=327
http://www.scielo.oces.mctes.pt

A Moda


• A Moda passou a fazer parte integrante do ser humano. Exigência da sociedade ou mero gosto pessoal, a verdade é que a Moda se impregnou pelos recantos da vida de qualquer cidadão.
• Hoje pode-se usar quase tudo. Vista-se o que se vestir já quase ninguém estranha a irreverência dos tempos que correm. Fazer com que as pessoas voltem o rosto para confirmar o que alguém trás vestido torna-se já muito difícil, porque actualmente tudo, ou quase tudo, tem permissão para sair à rua. Decotes, transparências, rachas, peles, tudo são instrumentos da moda que o público, avidamente, consome.

• Se hoje em dia se utiliza tudo aquilo que a moda coloca à disposição dos seus utilizadores, a verdade é que as coisas não foram sempre assim tão simples. Soltar a imaginação e criatividade inerente ao universo da moda não era assim tão fácil, e havia limites rigorosos aos quais não era possível passar despercebido. Mostrar as pernas, usar um decote mais ousado, eram tentações que precisavam de imediato serem banidas e a moda via-se obrigada a não ir muito além desses padrões.

• Da imagem da mulher completamente tapada, sem deixar evidenciar qualquer marca dos contornos femininos, passou-se para o desconforto total. As roupas apertavam em prol da cintura obrigatoriamente fina, do busto saliente, e assim, à primeira vista, qualquer mulher era considerada igual à sua semelhante. Mais tarde, a ala feminina pode libertar-se das amarras dos corpetes e espartilhos para dar lugar ao conforto de roupas cómodas e ajustadas às medidas do seu corpo.
• De facto, o universo da moda foi sempre feito de avanços e recuos. Quando finalmente as mulheres se soltaram dos trajes que durante tantos anos as sufocaram, e conseguiram adoptar uma postura descontraída tendo em conta o trabalho fabril que passaram a desempenhar, retorna-se novamente à velha ideologia de tapar as pernas e proclamar o corpo feminino novamente em ‘S’. E, durante muito tempo, as mulheres viveram nesta insatisfação do seu vestuário, em função da desigualdade existente entre os sexos.
• Após a luta por direitos femininos, ainda muito escassos na altura, e posteriormente à II Guerra Mundial, é que chegam as calças concebidas para mulheres. Das calças ao biquini foi apenas um passo, mas apenas algumas mulheres tinham permissão para usar o tradicional biquini, nomeadamente as musas e divas da sétima arte. Todas as restantes mulheres, cidadãs anónimas, eram punidas moralmente se envergassem a indumentária de duas peças. Um verdadeiro atentado ao pudor e bons costumes!
• Posteriormente aos corpetes, calças, biquinis, eis que surge a grande revolução no vestuário feminino: a mini saia. Concebida para mostrar a beleza inata da mulher, a mini saia não teve uma nascença ou um desenvolvimento social particularmente fácil. Desde essa data as portas para a criatividade começaram a abrir-se de forma mais natural para os criadores. A moda passou a gozar da criatividade e exuberância à qual hoje está intimamente ligada!
Ver em:
http://www.mulherportuguesa.com/moda-a-beleza/fashion/2372

Imagem Tirada de Moda

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Higiene Pessoal

Higiene Pessoal



A higiene é o conjunto de meios para manter as condições favoráveis à saúde.
Os hábitos de higiene diários incluem não só a lavagem corporal mas também o tipo de alimentação, vestuário e calçado, a postura no dia-a-dia, as horas de sono diárias e a prática de exercício físico.

Higiene corporal

A lavagem corporal tem como finalidade limpar a pele, cabelos, unhas, boca e dentes, eliminando poeiras, secreções, micróbios e maus odores, prevenindo doenças.
A protecção do corpo e a manutenção da saúde individual é também assegurada através do vestuário e do calçado, pois são eles que protegem o organismo contra as variações de temperatura, radiações solares e outros factores agressivos ao meio. O vestuário e o calçado devem ser confortáveis, permitir a boa postura e devem estar sempre limpos, principalmente as peças que contactam directamente como a pele, como, por exemplo as cuecas e as meias.


Higiene dentária

Depois de cada refeição há resíduos alimentares que ficam nos dentes se estes não forem escovados com regularidade, acumulando-se e atraindo micróbios que se transformam em ácido.
Esse ácido “ataca” o esmalte dos dentes provocando as cáries. Quando a cárie se aprofunda provocando abscessos dentários, dores de cabeça, enxaquecas, problemas no funcionamento dos pulmões, coração, fígado, rins, sistema nervoso, coluna vertebral, etc.
É essencial escovar os dentes após cada refeição e visitar regularmente o dentista para prevenir as cáries.

Como escovar?

1. Inicie a escovagem pelos molares (dentes de trás), escove um maxilar de cada vez com movimentos verticais circulares;
2. Usando a mesma técnica, escove a superfície interna dos dentes;
3. Escove os incisivos (dentes da frente) colocando a escova na vertical;
4. Termine com a escovagem das superfícies mastigatórias dos dentes, com movimentos de vai-e-vem.
5. Não se esqueça de escovar a língua.

É aconselhável que escove os dentes duas a três vezes por dia, durante pelo menos 2 minutos. No intervalo entre os dentes limpe com fio dental.
Higiene genital
Feminina
Devemos saber que a zona genital feminina deve ser tratada com produtos naturais, e nunca devemos deixar de limpar e tratar a zona genital.Eis algumas recomendações:
· Use sempre sabonetes neutros.
· Nunca use desodorizantes de outras pessoas que toquem no corpo.
· Mantenha os pelos púbicos cortados.
· Após ter urinado, limpe a vulva encostando o papel higiénico, sem fazer movimentos bruscos, para evitar que o papel se rasgue e deixe pequenos pedaços; nunca passe o papel higiénico de trás para a frente pois poderá contaminar a vagina com bactérias que habitam normalmente a região perianal.
· No banho, procure afastar os lábios vaginais para limpar os restos de líquidos que restam em redor da vagina.
· Não é necessário lavar dentro da vagina.
· Evite o uso habitual de pensos higiénicos fora do período menstrual.
· Durante a menstruação troque o penso ou tampão com frequência.
· De preferência use roupas íntimas de tecido natural como o algodão. As cuecas de renda aumentam a temperatura e irritam as mucosas.
· Evite usar roupas apertadas no dia-a-dia. Durma com roupas soltas, e dispense as cuecas sempre que possível.
· Procure urinar após a relação sexual. Esse hábito ajuda a evitar a cistite já que o “jacto” urinário lava a uretra, que em algumas mulheres se contamina com muita facilidade no coito.
· Use preservativo, esse também é um bom hábito de higiene
Masculina
A higiene íntima do homem também deve ser diária. Devemos sempre limpar e/ou lavar a zona do orifício da uretra, porque normalmente contem restos de urina.
Depois de uma relação sexual o homem deve sempre limpar o orifício da uretra porque pode conter muco feminino e restos de esperma.
· Apesar de ser pouco romântico, após qualquer tipo de contacto sexual, deve-se lavar os genitais com água corrente, mesmo tendo usado preservativo. Usar um sabonete neutro e massajá-los levemente. Incluir a glande, o prepúcio, o corpo de pénis, região púbica, região anal e a zona perianal.
· Há homens em que a produção e acumulação de materiais viscosos (o popular sebo do pénis), é mais exuberante. Nestes casos, a higiene deve ser feita com a frequência adequada a cada indivíduo, tantas vezes quantas forem necessárias para manter o pénis limpo.
Os pelos púbicos, do escroto, zona perianal e das virilhas, possuem uma função pouco conhecida e relegada para segundo plano: reduzir o atrito entre duas superfícies de pele que se tocam. Portanto, não se deve cortar tais pelos sob pena de ocorrer reacções locais tais como infecções, irritações e escoriações da pele. Os que assim preferirem, deve evitar corta-los com lâminas, fazendo apenas o corte dos pêlos com tesoura, deixando-os, no mínimo, com 1,5 cm de comprimento.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vidas

Meu nome é: AMNS
Sou filho de portugueses e nasci no Rio de Janeiro Brasil.
Não tinha ainda 2 anos quando um desentendimento entre meu pai e a minha mãe, acabou por leva-los a decidir em tribunal o meu futuro. O sr. Juiz vendo que não havia maneira de meus pais se entenderem mandou-me para um lar de rapazes.
Neste lar começou os meus piores pesadelos e o afastamento dos meus pais tornaram-me mais maduro e ao mesmo tempo uma criança triste numa infância triste.
Cresci neste ambiente até quase os meus 7 anos, carente de amor e carinho de mãe.
Com muita luta e sacrifício, e polícia pelo meio, meu pai conseguiu me tirar daquele lugar de desconfiança, medo, privações e abandono; sim nasci novamente, mas a carência de amor continuava. O meu pai não podia me dar o que ele não tinha e que não recebeu.
Durante muitos anos os meus amigos, vizinhos eram o que eu tinha mais próximo daquilo que se aproxima de uma família. Mas na verdade era: “eu tenho alguém mais me sinto sózinho” tirando o bom relacionamento e a amizade, sentia-me sempre só.
O meu pai vivia para o trabalho, era a única coisa que ele conhecia, quando o meu pai saia para trabalhar, eu ainda não tinha acordado, e quando eu ia dormir o meu pai muitas vezes não tinha chegado.
O meu pai arranjou-me uma madrasta , foi tudo menos minha amiga e o seu interesse era se livrar de mim, para dar a volta ao meu pai e ficar-lhe com o dinheiro, o que aconteceu 22 anos depois.
Aos 8 anos comecei a vender materiais escolares na escola, e fazer trabalhos de ofice-boy, aos 9 trabalhava na mesma função e fazia a faxina num prédio.
Comecei a faltar as aulas para poder brincar com os amigos, mas a medida que ia faltando, o trabalho aumentava.
Chumbei 2 vezes por faltas e por isso passei a estudar a noite e trabalhar durante o dia, quando não tinha trabalho pescava de rede na baia da praia da Bica e vendia o peixe para um café local.
Fui crescendo e a medida que crescia era mais explorado pelo mercado de trabalho, onde fazia horas e não era renumerado.
Assim na adolescência sonhava com reconhecimento, namorada, bens materiais, independência e gozar a vida como todos da minha idade.
Mas o que mais me fazia falta era a presença da minha desaparecida mãe e a sua explicação do que teria acontecido entre ela e o meu pai e o seu paradeiro.
Sonhava um dia ir a sua procura, mas tinha receio de magoar o meu pai, mesmo assim não sabia por onde procurar.
Os trabalhos, a exploração e os estudos acabavam e vinham, mas aquele vazio na minha vida continuava.
Tive muitos amigos e algumas namoradas passageiras, mas a minha verdadeira família foram sempre os meus , o meu pai nunca passou de um bom amigo, mas também ele tinha limitações nesta área; pois o meu avô também não o acarinhou e só fez cobrança e exigência do que ele deveria saer.
Durante a minha vida tive contactos com diversas religiões e cultos e aprofundei alguns assuntos da espiritualidade no qual apercebi-me de coisas não físicas, mas continuei a minha vida sem dar grandes importâncias a esse mundo que se abria a minha volta.
Durante esses tempos 16,17, 18, 19 anos, fiz diversos trabalhos, Papelarias, vendedor, fábrica de sorvete, fábrica de balanças, companhia telefónica, curso de canalizador construção civil e terminei o meu 9º ano e continuei o cientifico (inacabado).
Em 1985 fiz a minha 1ª viagem a Portugal, o que foi muito marcante na minha vida, conheci a minha tia que era irmã da minha avó que não conheci.
Fiquei fascinado com a paz sentida em Santarém, e me senti próximo de meu pai de uma maneira que nunca tinha sentido antes.
Foram momentos muito importantes na minha vida, momentos que me fizeram pensar numa melhor hipótese de vida, longe da criminalidade e insegurança que eu vivia no Rio de Janeiro.
Ao voltar para o Brasil, a realidade voltou a minha vida, o avião ainda não tinha pousado, e um véu de tristeza descia sobre o meu ser.
O tempo tomou o seu lugar em minha vida e aquela vidinha de trabalho sem futuro se reiniciou para minha infeicidade.
Na minha cabeça tudo mudou, a minha insatisfação aumentou, mas de uma forma diferente, pois agora já sabia o que eu não queria, e passar o resto da minha vida no Brasil não era o meu ideal.
Voltei a trabalhar numa fábrica de confecções e lá apaixonei-me por uma colega de trabalho, durante este tempo recebi a notícia através de meu pai, que a minha mãe estava morta e enterrada, e que o óbito tinha sido há poucos dias.
A notícia caiu em cima de mim como se fosse uma bomba, não me lembro de sofrer tamanha dor em minha vida.
Senti-me mal comigo próprio e culpei-me por não ter coragem de ir a sua procura, mais tarde soube que ela viveu uma triste vida a pensar onde eu estaria.
Durante este tempo estava a estudar para provas de inserção na Aeronáltica, e tinha provas sobre motores a reacção e segurãnça aére e pressorização, mandei tudo para o ar, diantes dos testes e das perguntas que se apresentavam diante da minha pessoa, senti as lágrimas a descerem em forma de rio pelos meus olhos sem que eu pudesse controla-las, abandonei a sala de provas sem responder uma única pergunta, e regressei a casa para curtir uma depressão, assim que me recompus, fui atrás da minha paixão, que neste momento estava mais preocupada com a sua idade de 24 anos e procurava melhor partido do que eu, ela queria alguém que tivesse uma casa e não um Ford Corcel 73.
Mais uma vez mandei tudo para o espaço, inclusive o emprego, comecei a trabalhar com um amigo na criação e produção de Tshirts e produtos de Surf, e criei o meu negócio de fabrico e produção de papagaios (pipas).
O meu amigo era muito mulherengo e do tipo noturno, o que o levou a deixar de cumprir horários. Mas uma vez dei um basta, e fiquei um tempo vivendo do meu negócio de papagaios.